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Chamada para trabalhos científicos

 

13° congresso do Instituto Franco-Brasileiro de Administração de Empresas

 

22-23 de maio de 2025, Grenoble, França

 



Inteligência artificial, organizações e práticas gerenciais

Com o objetivo de integrar as atividades acadêmicas e aquelas do mundo socioeconômico, o Instituto Franco-Brasileiro de Administração de Empresas (IFBAE) organiza seu 13º congresso em parceria com a Grenoble IAE - INP, UGA, nos dias 22 e 23 de maio de 2025. Os objetivos do congresso são promover trocas e interações entre representantes do mundo socioeconômico, estudantes e acadêmicos sobre a temática "Inteligência artificial, organizações e práticas gerenciais".

Combinando algoritmos complexos, o poder de computação dos computadores modernos e uma quantidade massiva de dados, a inteligência artificial (IA) constitui uma ruptura tecnológica significativa, frequentemente comparada ao advento da máquina a vapor no século XVII. O conceito de IA como tecnologia disruptiva decorre de sua capacidade de realizar tarefas que tradicionalmente exigem inteligência humana, como a compreensão da linguagem natural, a identificação de padrões, a tomada de decisões e o aprendizado pela experiência. As principais tecnologias por trás dessa transformação são o aprendizado de máquina (machine learning), que permite aos algoritmos melhorar através da exposição aos dados; o aprendizado profundo (deep learning), que imita redes neurais do cérebro humano para processar informações; e o processamento de linguagem natural (natural language processing), que permite às máquinas compreender e interagir com a linguagem humana.

A IA é mais do que uma nova ferramenta tecnológica, ela é um motor de transformação, não apenas devido ao seu impacto em nossa vida cotidiana, mas também ao reestruturar práticas de gestão tradicionais, abrindo caminho para ganhos consideráveis de eficiência e desempenho (Cardon et al., 2023). Através da automação de tarefas, a IA permite que os gestores redirecionem sua atenção para atividades mais criativas e de maior valor agregado. Isso não apenas reduz os riscos de erro, mas também promove um ambiente de trabalho mais racionalizado e produtivo. No entanto, além dessa lógica de substituição do humano pela máquina (Dekker e Woods, 2002; Ferguson, 2019), um dos impactos mais significativos da IA é sua capacidade de aumentar as capacidades dos indivíduos, para torná-los mais eficazes. A IA é vista como uma ferramenta de assistência, um complemento, onde a presença humana é indispensável e reconhecida (Zacklad, 2018). Essa colaboração humano-máquina (Lollia, 2023) visa aumentar o poder de ação dos indivíduos, contribuindo principalmente para sua ascensão em competências diversas. Os sistemas de IA, equipados com algoritmos avançados e capacidades de aprendizado automático, podem analisar vastos conjuntos de dados em velocidades inimagináveis para os humanos, ajudando gestores a antecipar evoluções do mercado e tomar decisões estratégicas informadas e proativas. Da mesma forma, os agentes conversacionais (chatbots) permitem aumentar a acessibilidade temporal dos serviços e analisar comportamentos, necessidades, preferências e feedbacks dos clientes para adaptar as interações. Os gerentes devem aproveitar essas tecnologias para criar estratégias centradas no cliente, visando melhorias na sua satisfação e lealdade.

A IA também promove a inovação ao expandir limites e encorajar o desenvolvimento de novos produtos e serviços que respondem à evolução das demandas dos clientes. Assim, considerada como um colaborador virtual, capaz de propor ideias, conceber produtos ou simular cenários, a IA oferece uma nova dimensão à resolução de problemas, permitindo que os inovadores rompam as barreiras tradicionais de pensamento e facilitando a conversa entre clientes e empresas.

Embora os benefícios da IA para as empresas sejam evidentes, seu desenvolvimento, no entanto, traz uma série de desafios éticos ou de adaptação das organizações e das práticas gerenciais. Nesse contexto, convidamos os autores a submeterem comunicações sobre o impacto da IA nas organizações, profissões, competências e práticas gerenciais, independentemente da disciplina: marketing e comunicação, finanças, contabilidade e controle, gestão de recursos humanos, compras, logística e gestão da cadeia de suprimentos, sistemas de informação, estratégia organizacional, empreendedorismo e inovação, etc. O congresso também está aberto a propostas de comunicações sobre outros temas em administração e não necessariamente relacionados à IA. As propostas de autores de disciplinas conexas, relevantes para a compreensão das organizações, como sociologia, economia, ciências da comunicação, entre outras, também são bem-vindas.

Referências:

Cardon, P., Getchell, K., Carradini, S., Fleischmann, A.C., et Stapp, J. (2023), Generative AI in the Workplace: Employee Perspectives of ChatGPT Benefits and Organizational Policies. Disponível on-line: https://osf.io/preprints/socarxiv/b3ezy.
Dekker, S. et Woods, D. (2002), MABA-MABA or Abracadabra? Progress of Human – Automation Co-ordination. Cognition, Technology and Work 4, 240-244.
Ferguson, Y. (2019), Ce que l’intelligence artificielle fait de l’homme au travail. Visite sociologique d’une entreprise. In : Les mutations du travail. La Découverte.
Lollia, F. (2023), L’intégration de l’intelligence artificielle dans la stratégie organisationnelle de l’entreprise : questions et
orientations. Transformation numérique : un nouveau monde de production, West African Chapter of the International Society for Knowledge Organization, Yaoundé, Cameroun.
Zacklad, M.(2018), Intelligence artificielle : représentations et impacts sociétaux. Rapport technique. CNAM

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